Entre a Renascença e o conto de fadas: Os detalhes de "Para Sempre Cinderela"



Revi o filme Para Sempre Cinderela (Ever After, 1998) recentemente. A última vez que havia assistido a esse filme foi há mais de 20 anos e isso foi um choque de idade impactante.

Fiquei com vontade de escrever sobre alguns detalhes que adorei perceber ao reassistir o filme já adulta.

Essa versão de Cinderela é ambientada no período renascentista, e a história se passa na França. Um dos elementos mais surpreendentes e divertidos do filme é a presença de Leonardo da Vinci, que acompanha, auxilia e aconselha os personagens principais com sua inteligência, invenções criativas e demonstrações de afeto por Danielle e o príncipe Henry. Uma das referências mais interessantes é o retrato que Leonardo faz de Danielle, muito semelhante ao La Scapigliata da vida real.

Danielle é uma camponesa que adora ler e tem um apego especial por um livro chamado Utopia, o último que seu pai leu antes de falecer. Isso a faz reler e decorar diversos trechos da obra. Sua inteligência e paixão por conhecimento fazem com que Henry se apaixone ainda mais por ela. Após diversos encontros secretos, o príncipe, inspirado por Danielle, se torna mais filantropo e desenvolve o objetivo de construir uma biblioteca pública e uma universidade quando se tornasse rei.

Uma das cenas de que mais gostei foi o plano-sequência em que Danielle persegue sua irmã pela casa. Também sou fascinada pelo figurino do baile, com todos fantasiados de animais, trazendo uma atmosfera que remete a Sonho de uma Noite de Verão, de William Shakespeare.

Assim, considero que essa fusão de um conto de fadas com os valores do Renascimento foi ouro, resultando em uma das versões mais únicas e encantadoras de Cinderela.


Escrito por Ana Paula Aragão
Frame do filme Ever After

Comentários

  1. É um dos meus filmes favoritos da Drew 🧡
    Só perde para As Panteras

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